Nas
primeiras
águas,
berra
o
boi
no
sertão,
corre
o
cavalo,
ronca
o
trovão,
vem
a
fartura,
transborda
o
leite
na
gamela.
Sopra
o
vento
na
janela,
na
palma
da
carnaúba.
A
mulher
camponesa
trabalha
feito
saúva
e
tem
todo
ano
um
filho.
Soca
pilão,
arranca
malva,
varre
o
terreiro...
Cozinha,
engorda
o
porco
no
chiqueiro,
tange
a
galinha,
toca
o
galo
pro
poleiro,
serve
o
prato
do
marido
e
se
banha
nas
águas
do
regato.
No
fim
da
tarde,
cata
piolho
e
espera
o
amado
que
vem
do
roçado
e
mesmo
cansado,
quer
fazer
mais
um
pimpolho.
Novo
dia
amanhece:
canta
longe
o
cocar
no
ninho.
Colhe
os
ovos,
deita
na
galinha
criadeira,
nasce
o
pintinho.
E
novamente,
ela
lava,
cozinha,
debulha
milho
e
nesta
lida,
a
mulher
parideira
tem
todo
ano
um
filho.
NA.
Uma
homenagem à mulher camponesa.
(Adalberto
Antônio de Lima – Picos – PI)
show..
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