“Jovens (moças solteiras), eu vos escolhi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno.” (1 João 2:14)
Me converti no final da adolescência...Era madrugada véspera de Páscoa e eu estava lendo uma literatura cristã em meu quarto quando tive um encontro real com Cristo que mudou minha vida.
Então iniciei minha caminhada com Ele e desde o primeiro dia
o Espirito Santo me impulsionava a viver em fé e obras. Na juventude Deus nos
concede tempo e vigor e espera de nós inteira dedicação à sua obra, assim como
diz a Palavra: “a jovem solteira está ansiosa por agradar o Senhor em tudo
quanto ela é e faz, tanto no corpo como no espírito, ela CUIDA DAS COISAS DO
SENHOR para ser santa”(1Corintios 7.34)... eu louvo ao Senhor por essa fase
maravilhosa de minha vida onde aproveitei toda a liberdade e disposição de moça
solteira para fluir nas obras de Deus.
Hoje sou esposa e mamãe, e vivo agora as maravilhosas missões
desta fase de minha vida. Mas gostaria de compartilhar um pouco daquilo que
vivi em minhas missões cotidianas na fase de solteira.
Bem, como disse, a missão que vivi era do tipo “cotidiana e
local”, coisas do dia-a-dia, nada que me levasse exatamente aos “confins da
terra”, mas mesmo assim representavam para mim, grandes e especiais peripécias vividas
em nome do amor e de Cristo.
Isso incluía dias de fazer
visita ao presídio da minha cidade junto à outros jovens, para conversar sobre
Jesus com os presos. Eram momentos incríveis! Levávamos violão para louvar, conversávamos...
Eles eram receptivos à Palavra, e para retribuir a visita recebia deles de
presente lindos desenhos bíblicos. Tenho-os guardado até hoje. Lembro com
alegria que um dos detentos quando saiu da cadeia, foi participar de um culto
antes de voltar para a sua cidade.
Eu também gostava muito de passar o dia distribuindo
alimentos e roupas para os meninos de rua e desabrigados da cidade de Curitiba.
Saía de madrugada de minha casa carregando as sacolas cheias e fazia várias
conexões de ônibus até chegar ao destino.
Eu era ainda uma menina e as sacolas eram pesadas, chegavam
a machucar minhas mãos, mas nada disso passava por meu pensamento quando o
desejo de chegar ao destino era muito maior. No centro da cidade de Curitiba,
vivem muitos meninos de rua e mendigos, e eu tentava ajudar tantos quanto eu
podia. Sentia uma compaixão, um amor enorme por aquelas crianças dormindo em
papelões nas calçadas. Aproximava-me e deixava pertinho deles um sanduiche ou
marmita para que quando acordassem tivessem algo para se alimentar, também
deixava uma peça de roupa para eles. Ficava feliz tentando imaginar a expressão
deles ao acordar e ver a surpresa <3.
O mesmo eu fazia com os adultos que geralmente já estavam acordados,
aqueles velhinhos moradores de rua com barba longa e roupas gastas tinham
sempre um sorriso tão lindo ao falar: “Obrigado minha filha, Deus te abençoe”.
E para mim esses eram dias tão cheios da presença de Deus, sentia Ele em cada
olhar, em cada sorriso em cada palavra, em cada um daqueles “pequenos”.
Depois disso eu tomava meu caminho de volta para casa, em
silêncio e com um sorriso no coração. É engraçado, mas Mateus 6 .3 havia cravado
em meu coração desde a primeira vez que lí essa passagem “ Não conte à sua mão
esquerda aquilo que a sua mão direita está fazendo. E o seu Pai, que conhece
todos os segredos, recompensará você.” então
eu descia do ônibus em frente à minha casa e tudo sobre aquele dia ficava entre
eu e Deus. Eu sabia que Ele havia estado comigo e em cada um daqueles meus
semelhantes moradores de rua, então, nada que eu tenha feito por amor a Ele e
ao próximo precisava ser revelado. Eram apenas tarefas tão simples, tão
normais, nada mais que minha obrigação como jovem cristã, e eu as fazia de todo
o coração.
Nessa época eu ainda não frequentava a igreja, pois havia me convertido sozinha em meu quarto lendo uma literatura cristã. É tão incrível relembrar dessa fase, pois por um bom tempo somente o Espírito Santo fora meu único conselheiro. Quem me orientava e me enviava senão Ele?!
Sim, foi uma caminhada maravilhosa desde a conversão tendo como companheiro de viajem apenas meu querido Senhor, até que finalmente o Espírito Santo determinou que fosse o tempo de conhecer uma nova família, a família na fé. E foi na igreja que descobri todo um universo de novidades. Descobri que não estava sozinha naquela jornada, mas que como filha de Deus eu fazia parte de um grande exercito chamado Corpo de Cristo, e como exercito poderíamos fazer muito mais pelo Reino de Deus. Imediatamente me coloquei a disposição daquela nova família, para ajudar naquilo que fosse necessário, não importava muito onde fosse ou como, o importante era servir.
Passei a me dedicar ao voluntariado na igreja, colaborando com os ministérios. Creio ter passado por praticamente todos os ministérios (rsrs), nem sempre eram os ministérios que tinham haver com meus dons e talentos, mas sendo eu uma jovem cheia de ânimo e disposição porque não ajudaria onde fosse preciso? "Viu a necessidade, atenda!"
Continua...
Eu sou Magridt Gollnick da Luz e esse é o Blog Mães no Reino.
A reprodução deste conteúdo é permitida, desde que sejam mencionados os devidos créditos a autoria e fonte.
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