Por Charity Darlene Gardner
O lugar da mulher é uma questão fortemente debatida. Essa é uma questão
importante porque todo mundo é influenciado pelas mulheres e pelo papel que essas
mulheres desempenham em sua vida. Henri F. Amiel disse: “A mulher é a salvação ou a
destruição da família. Carrega seu fardo nas dobras do seu manto”. A mulher não só
carrega do fardo da família em suas mãos como também a história descansa em seus
braços. As crianças que nascem das mulheres em todo mundo hoje farão a história um
dia.
Portanto, vemos a necessidade que cada uma de nós tem de decidir se o lugar da mulher
é o lar ou se não tem nenhuma importância se ela decide deixar o lar.
Penso que isso será válido para nós enquanto relembramos, se observarmos nesse
aspecto, que “quando o coração deseja, encontra milhares de maneiras, mas, quando
não deseja, encontra milhares de desculpas”.
São muitas as razões que as mulheres dão para deixar o lar, e muitas delas são
superficialmente convincentes. Hoje em dia, a maior parte das meninas e jovens está
sendo levada a acreditar nessas desculpas. Uma dessas razões errôneas para deixar o lar
é de que as mulheres não podem ser úteis e felizes, sentimento de utilidade, se
permanecem no lar. Outra desculpa comum é de que seria um desperdício de vida,
educação e habilidades físicas e mentais da mulher gastar sua vida no lar. As mulheres
que precisam de uma boa razão para permanecer fora do lar sempre colocam sua saúde
em evidência. Essas mulheres ouvem histórias ou rumores de mulheres que sofrem de
falta de saúde, física e mental, devido ao trabalho árduo, a rotina que nunca termina e
falta de estímulo mental, tidos como desperdício de um longo período no lar.
As mulheres que trabalham fora também precisam explicar o porquê deixam suas
famílias. As esposas que trabalham fora dirão “meu marido fica fora de casa durante o
dia. Não preciso ficar lá”. As mães que trabalham fora explicarão que seus filhos
precisam aprender a ser “independentes” ou que alguém mais pode fazer o excelente
trabalho de criar seus filhos e cuidar de seu lar. Há uma pequena porção de mulheres
que trabalham fora que acreditam que sua família realmente precisa delas. Acreditam
que gastar tempo com suas famílias antes e depois do horário de trabalho é o bastante para satisfazer suas necessidades. A maior parte das mães que trabalham fora
concordará com Brenda Hunter, uma antiga feminista, quando disse: “Acredito
sinceramente que eles (seus filhos) não seriam feridos porque persegui realização
pessoal através de minha carreira de instrutora”. A desculpa mais popular usada pelas
mulheres que trabalham fora é a necessidade de dinheiro. Fazendo dinheiro, acreditam
que podem prover um tipo de vida melhor a suas famílias e seus filhos com um número
maior de oportunidades. Infelizmente a sociedade tem vagarosa mas seguramente
mudado na valorização de uma mulher não pelo que ela é mas por aquilo que ela
ganha”.
Por em prática a crença de que as mulheres deveriam trabalhar fora de casa tem
efeitos sobre nós mesmos, sobre as outras pessoas, lares, sociedade e sobre a história.
Quando observamos os resultados de mulheres que trabalham fora de casa, é fácil
pensar apenas nela, a mulher. Para ser franca, precisamos considerar não só ela, mas
também aqueles a quem sua ausência afeta.
Primeiro veremos ela. Numa primeira observação, parece que o resultado mais
importante para uma mulher trabalhar fora de casa é que ela tem mais dinheiro.
Teoricamente, teria roupas novas, tapeçaria nova, mobília mais moderna e qualquer
coisa a mais que ela queira. Sempre constatamos o fato de que mulheres que trabalham
fora também têm mais contas a pagar, tal como babá, alguém para lavar e passar roupas
e talvez alguém para limpar sua casa. Ajuntar mais dinheiro também abre portas para
as mulheres fumarem, beber vinho e outras bebidas fortes e comer fora muito mais
vezes do que em casa. Todas essas coisas podem ser nocivas à saúde. Trabalhar fora de casa também tem levado
muitas mulheres a serem infiéis a seus maridos. Se pararmos e olharmos a nossa volta,
podemos ver o efeito que a infidelidade tem sobre lares e vidas. O trabalho fora de casa
também falha ao dar às mulheres um escape para rotinas e exigências que estão ligados
a ficar em casa. Os trabalhos fora de casa têm transformado as mulheres em máquinas
que cumprem diariamente sua quota de produção. As feministas freqüentemente
desculpam-se por trabalhar fora dizendo que permanecer no lar causa depressão.
Maggie Scarf, que escreveu o livro Unfinished Business (Negócio não-terminado),
refuta essa desculpa. Com base nas descobertas da Yale Depression Unit, diz que as
esposas que trabalham fora e as que trabalham no lar estão igualmente suscetíveis a serem depressivas. É interessante notar que ela também identificou que maridos de
mulheres que trabalham fora são mais vulneráveis à depressão do que maridos de
donas-de-casa. Para mim, parece que o local de trabalho oferece um sonho dourado
para as mulheres, mas esse sonho não é a realidade.
Trabalhar fora de casa também roubará a paz mental da mulher. Culpa,
preocupação e infelicidade geralmente acompanham uma mulher que trabalha fora. Não
importa o que as mulheres que trabalham fora digam sobre o quanto é correto deixar
seus lares e famílias, a maior parte delas luta com a culpa. Como colocou um autor, “o
esforço aqui é claramente interno. É a elas mesmas que procuram convencer acerca da
pureza de seus motivos, da justiça de suas ações, enquanto todos os seus instintos
tentam convencê-las de que estão fazendo algo errado”. É a felicidade que a maior
parte das mulheres que trabalham fora professam, mas é o oposto que se observa em
suas vidas. Uma mãe que trabalha fora confessou, “é difícil estar feliz com minha vida
quando estou tão preocupada com meus filhos”. Ainda que essas mulheres não
tenham filhos, é difícil para elas estarem inteiramente felizes quando não estão fazendo
aquilo para o qual foram feitas. Além da culpa e da infelicidade, a preocupação
persegue as mulheres que trabalham fora, especialmente as mães. Uma feminista
convertida disse, “achei difícil esquecê-la (meu bebê) e empregar todas as minhas
energias em direção ao trabalho. Preocupava-me com o seu desenvolvimento e com a
qualidade do cuidado que receberia na minha ausência”.
Algumas mulheres poderiam sacrificar sua paz de espírito se isso fosse a única coisa
necessária a ser sacrificada para trabalhar fora de casa, mas precisamos pensar nos
filhos de mães que trabalham fora de casa. Os filhos de mães que trabalham fora devem
estar prontos para dizer ou perguntar à “mamãe” tudo o que querem nos poucos minutos
quando elas os acordam ou quando elas os colocam na cama. Com apenas um pouco
de senso comum e experiência, percebemos que isso não é possível. Se uma mãe vai
trabalhar fora, ela vai ter de abrir mão de uma grande quantidade de tempo que passa
com seu filho. Uma mãe, que trabalhava fora, disse: “Se você me perguntar sobre o que
tive de desistir quando voltei a trabalhar, diria que foram minhas conversas com Sally
(a filha dela).
Mães que trabalham fora também têm pouco tempo, se de fato tiverem algum, para
aproveitar com seus filhos. “Na maior parte do tempo, fico gritando ordens para eles,
porque agora eles têm mais tarefas domésticas para fazer e, ainda assim, eles não são
produtivos como deveriam ser”, foi assim que uma mãe que trabalhava fora descreveu
seu tempo em casa. Parece que o pouco tempo em que a mãe está em casa não é muito
agradável para a família.
Quando a mãe deixa o lar, leva a segurança do filho com ela. Um autor bem conhecido,
C. S. Lewis, cuja mãe morreu antes dele atingir a adolescência, definiu sua infância
depois da morte de sua mãe da seguinte maneira: “Com a morte da minha mãe toda a
felicidade estabelecida, tudo que era tranqüilo e confiável, desapareceu da minha vida.
Havia muito divertimento, muitos prazeres e fortes sentimentos de felicidade; mas a
velha segurança se foi. Ficaram só ilhas e mar, o grande continente afundou como
Atlantis”. Uma mulher adulta, cujo pai morreu e cuja mãe trabalhara em período
integral, disse que seu principal sentimento ligado à infância é solidão. “Mesmo agora”,
ela diz, “eu me lembro distintamente do modo frio que me envolvia quando eu
destrancava a porta da frente no apartamento escuro”. “Não importava o quanto
ensolarado e quente o tempo estivesse lá fora”, ela continua, “a atmosfera de nossa casa
vazia era sempre escura e intimidante”.
Uma criança é ferida pela falta de sua segurança. Apesar de tudo aquilo que as mães
que trabalham fora tentem fazer para disfarçar suas ausência diárias, o número de
suicídios na adolescência aumentou. Um adulto órfão de pai, cuja mãe trabalhava fora,
relatou: “Apesar de minha mãe telefonar-me para perguntar sobre o meu dia, a ligação
dela não me tornava amado e aquecido como um passe de mágica”. Por fim, essas
crianças que se tornaram independentes prematuramente, geralmente experimentam
drogas e outras coisas perigosas.
Parece-me que o custo para as mães que trabalham fora ultrapassa os benefícios.
Ganhar mais dinheiro compensa perder sua família? Os sentimentos de realização e
satisfação que as mães dizem sentir no trabalho se igualam aos sentimentos de medo e
insegurança de seus filhos?
Antes de podermos dizer conclusivamente que a mulher pertence ao lar, precisamos
determinar a importância de seu trabalho para o lar. Muitas pessoas, incluindo
mulheres, consideram que o trabalho doméstico inclui apenas lavar, passar, cozinhar,
limpar a casa, verificar se todos estão bem vestidos e com as orelhas limpas. Se isso
fosse verdade, uma mulher poderia deixar seu lar desde que outra pessoa cumprisse
essas responsabilidades em seu lugar. Contudo, para surpresa de muitos, isso não é
verdade.
As altas exigências para o trabalho descrevem a importância da posição. O lugar da
mulher pode ser ocupado apenas pela mulher, e não por qualquer mulher. O mais
sábio dos homens, Salomão, disse que o preço da mulher virtuosa está muito além dos
rubis. Mulheres virtuosas são raras, mas, para ficar em casa e fazer bem o seu
trabalho, uma mulher tem de ser virtuosa. Ao contrário de uma secretária, a construtora
de um lar deve ser compreensiva vinte e quatro horas por dia. Uma dona de casa precisa ser sinceramente amável de alvorecer a alvorecer, e não das oito da manhã à seis da
tarde com uma hora de almoço. É de vital importância também que a mulher do lar seja
sábia. Como a Bíblia diz: “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba
com as próprias mãos”. Ainda na Bíblia, Tito, capítulo dois, versículos quatro e cinco,
dá-nos uma lista do que Deus espera de uma mulher. Diz que a velha mulher deve
ensinar a jovem mulher a ser sóbria (sóbria na mente; moderada), a amar seu marido e
seus filhos, a ser discreta (auto-controlada; calma), casta (limpa; inocente pura),
mantedora do lar (caseira; domesticamente inclinada), boa e obediente ao marido...”.
Como você provavelmente vai dizer, essas qualidades não são fáceis de se obter e de se
manter. Por último, mas não menos importante, uma mulher deve ser corajosa para
desempenhar sua posição na casa. A tarefa exige coragem não apenas para ficar em
casa e enfrentar os problemas que ali aparecem, mas exige coragem também, e muita,
para admitir publicamente que você é uma construtora de lar. Como vimos, as
exigências para a dona de casa são muito maiores que as exigências de qualquer
trabalho fora de casa.
Agora voltamos à questão: o lugar da mulher no lar é realmente importante? As
exigências para o trabalho dizem que ele é importante, mas o trabalho em si realmente
importa? A Bíblia diz que sim. Nem todo mundo percebe que a posição da mulher
existe desde antes da queda do homem. Antes do pecado vir ao mundo, Deus disse:
“Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele”. O
Gênesis, continuando, diz como a mulher foi feita para satisfazer as necessidades do
homem. Então, a posição da mulher no lar não é uma punição por um pecado que ela
cometeu.
A história nos mostra que o que acontece no lar faz a diferença. Jonathan Edwards, que
foi um homem de Deus, construiu com sua esposa um lar de Deus. Das mil trezentos e
noventa e quatro pessoas estimadas das quatro gerações depois de Sr. e Sra. Edwards,
catorze foram professores universitários, cem foram ministros do Evangelho, sessenta
foram médicos, sessenta foram autores e editores e mais de cem deles se tornaram
advogados e juízes. Contraste essa família e seus descendentes com a família de um
ateu bem conhecido, que viveu na mesma época de Jonathan Edwards. Das mil e
duzentas pessoas produzidas até a quarta geração desse homem que negava Deus,
quatrocentos deles se arruinaram fisicamente, trezentos e dez se tornaram muito pobres,
cento e cinqüenta foram criminosos e sete cometeram assassinatos. Embora a mulher não seja totalmente responsável pelo que acontece no lar e pelo modo como as crianças
crescem, existem muitos casos em que crianças são educadas a temer a Deus, mesmo se
o marido não é um cristão.
O mundo pode tentar diminuir a importância do lar, mas a história revela a grande
influência que o lar tem sobre o mundo.
A mulher doméstica passa muito tempo em casa, e ela pode determinar muito do que
acontece lá. Junto com o trabalho manual exigido para manter um lar, a mulher pode
nutrir a boa saúde física e mental em sua família. Dieta, exercício e repouso, todos
contribuem para a boa constituição de uma pessoa, e a mulher faz muito para
determinar que tipo de dieta, a quantidade de repouso e de exercício sua família recebe.
A dona de casa pode também manter uma atmosfera saudável para aumentar a saúde
mental. Uma dose moderada de humor, a visão correta do mundo e bons valores no lar
direcionam o modo de pensar e agir das pessoas dentro e fora de casa. Vai ajudar a
todos os membros da família, se a mulher da casa tiver ouvido compreensível, atitude
paciente e solidária, palavras de encorajamento e crítica educacional em sua caixa de
ferramentas. É importante a maneira como um lar é constituído, porque as pessoas
refletem os lares nos quais vivem.
As crianças são uma parte importante de muitos lares, e a influência que a mãe exerce
sobre seus filhos é, às vezes, despercebida. Pode-se dizer que crianças são espelhos
refletindo suas mães e seus lares. Abraham Lincoln é reconhecido por seu gosto pela
leitura e até aonde ele ia para satisfazer esse prazer. Poucas pessoas percebem que por
trás de seu gosto pela leitura havia uma mãe que andava milhas para conseguir-lhe um
livro. Foi dito na história recente que: “... a influência que é exercida sobre a mente
nos primeiros oito ou dez anos de existência, em grande extensão direciona os destinos
da mente por muito tempo e até mesmo pela eternidade”. Thomas A. Edison percebeu
isso, pelo menos até certo ponto, quando disse: “Minha mãe me fez”. Lamartine, um
poeta francês, reconheceu também a influência que sua mãe teve sobre ele: “Minha
educação foi totalmente centrada no olhar, mais ou menos aberto, de minha mãe. As
rédeas de meu coração estavam em suas mãos ... eu bebi profundamente da mente de
minha mãe; e li através de seus olhos; vivi através da vida dela”, ele disse. Assim
como um mãe pode influenciar um filho para o bem ela pode influenciá-lo para o mal.
Seria interessante fazer um estudo sobre criminosos e suas mães. À medida que uma
mãe se importa com seu filho, limites se desenvolvem, a falta desses limites
freqüentemente causa depressão ou uma grande tendência para drogas, etc.... Esse é um
outro modo pelo qual mães que trabalham fora exercem influência negativa sobre seus
filhos.
Uma babá pode ter capacidade para cuidar das necessidades físicas de uma criança, mas
crianças precisam de mais do que alimento, roupas ou um lugar para dormir. Crianças
precisam de segurança. Mães são a principal fonte dessa segurança. Uma mãe que
trabalhava fora, mas que estava convencida da necessidade de ficar em casa, disse:
“vendo meus filhos crescerem, lendo para eles e ouvindo as palavras deles, percebi o
quanto contribuo para os sentimentos de segurança e de bem estar deles”. As crianças
também precisam aprender sobre a vida. Pelas palavras e pelos seus atos, uma mãe
pode ensinar uma variedade de coisas a seus filhos, como gratidão e sinceridade. A Fé
também é um presente duradouro que uma mãe pode dar a um filho, como Eunice deu
a seu filho, Timóteo.
A Bíblia diz: “uma mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é
como podridão nos seus ossos”. Com isso vemos que a mulher da casa, sem sombra
de dúvidas, afeta também seu marido. Ela pode destruí-lo bem como o trabalho dele,
como Jezebel e Dalila dos tempos antigos e como muitas mulheres fazem hoje. Ela
pode destruí-lo ou pode ser a companheira que deveria ser. Sara passou a vida ajudando
seu marido a servir a Deus e o homem. Priscila ajudou seu marido a fazer tendas,
entre outras coisas. Ainda que você não possa ajudar seu marido a fazer tendas, você
pode ajudá-lo não reclamando, dando-lhe um lar para que ele deseje retornar todos os
dias, estando sempre pronta a ajudá-lo, e sendo prudente com as finanças da casa .
Henri F. Amiel foi sincero quando disse “que a mulher carrega o destino da família, o
marido e os filhos nas dobras de seu manto”.
Ficar em casa não é fácil. A mulher paga um preço por ficar em casa. Uma das grandes
coisas das quais a mulher tem de abrir mão, quando se torna uma dona de casa, é
gratidão. Nossas mães não estavam brincando quando diziam: “o trabalho doméstico é
algo que ninguém percebe, a menos que não seja feito”. Assim como o trabalho
doméstico não traz gratidão para a mulher, não lhe traz glória também. Acredito que ele
traz glória a Deus, e essa deveria ser nossa meta na vida. Outra coisa que a mulher que
fica em casa tem de esquecer é aprovação da sociedade. A autora de Para onde foram
todas as mães? Escreveu isso muito bem: “Enquanto a mulher que faz carreira tem a
aprovação da sociedade, a dona de casa recebe pena e desconsideração”. Junto com a
desaprovação da sociedade, os parentes e/ou amigos de uma mulher que decide ficar em casa podem considerar que a decisão dela é errada. A vida fica definitivamente mais
difícil quando aqueles que amamos discordam veementemente de uma decisão maior.
Existem outros sacrifícios que uma dona de casa deve fazer. Uma dona de casa deve
sacrificar a si mesma. A vida de uma dona de casa é exigente. A esposa e mãe tem de
estar pronta a desistir de seu tempo sozinha, de umas poucas horas de sono extra e
outras coisas que gostaria de fazer para satisfazer as necessidades de sua família. Além
de se sacrificar, a dona de casa pode ter de desistir também de sua vida de solteira e de
suas velhas amigas. A velha vida e as velhas amigas não podem ser considerados mais
importantes do que a nova família e suas necessidades. À medida que a esposa ajuda
seu marido com as finanças, a mulher tem de abrir mão de seus sonhos dourados, e de
todas as conveniências que ela gostaria de ter. Esses sacrifícios parecem pequenos
para você, quando você considera a importância do lugar da mulher no lar?
Os benefícios que advém de uma mulher dona de casa não são necessariamente
materiais, mas são valiosos. Produtividade é um dos benefícios. A mulher será mais
produtiva apenas se ela fizer aquilo para que foi feita. Assim como um vagão
vermelho no meio de um lago está fora de lugar, a mulher no local de trabalho também
está fora de lugar. Quando todos desempenham suas funções no lar, existe paz. A paz
é valiosa, pois não pode ser comprada nem com todo o dinheiro que uma mulher
ganharia trabalhando. Trabalhar em casa, ao contrário de trabalhar fora, pode aumentar
muito o caráter de uma mulher. O lar é o lugar para aprender a ser paciente,
perseverante, controlada, gentil, assim como é o lugar para se aprender a estabelecer
prioridades. Essas qualidades nunca são demais, e o melhor de tudo é que quando uma
mulher cristã fica em casa ela está servindo a Deus e sendo uma boa testemunha dele .
Para a mãe que se sacrifica cuidando da casa e criando seus filhos dentro dos caminhos
corretos a Bíblia diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando
envelhecer não se desviará dele”. Na terceira idade, a certeza de ter sido correto na
vida é mais reconfortante do que os anos de aprovação do mundo ou dos momentos de
reconhecimento do mundo.
Existem exceções. A morte vem ou o inesperado acontece, e a mulher fica
definitivamente como única mantedora da família. “Eu tenho que trabalhar fora”, você
diz. Você realmente tem de trabalhar fora, ou será que você poderia trabalhar em casa?
Costurar ou fazer artesanatos, dar aulas de musica ou culinária, etc.... são opções a
serem consideradas. Trabalhar meio período, enquanto as crianças estão na escola, é
uma possibilidade em certos casos. E uma ideia sábia buscar na oração nossas prioridades, antes de tomarmos a decisão sobre qual trabalho assumir. Em qual ordem
de importância estão: ganhar dinheiro, criar os filhos, cuidar da casa, e Deus.
Uma
mãe, que era a única fonte de renda do seu lar, achou que, se tivesse as prioridades
certas, embora ela nunca teria os seus sonhos materiais, Deus forneceria suas
necessidades, mesmo que o dinheiro faltasse. É difícil decidir sobre trabalhar fora ou
não. Tiago, capítulo um, versículo cinco, diz: “E, se algum de vós tem falta de
sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-
á dada”.
Tentamos visualizar todos os prós e contras da mulher trabalhar em casa ou fora. é
obvio que uma escolha deve ser feita, e prioridades precisam ser estabelecidas. A
escolha não é complicada. Essa questão ardentemente debatida pode ser colocada em
preto e branco, do modo certo ou errado, em termos da Bíblia ou do mundo. Não há
tons de cinza. Você não pode servir a Deus e aos homens. Lembre-se de que aquilo que
fazemos hoje afeta nosso futuro.
“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele
seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém” (II Pedro 3:18).
Perceba, você que é solteira como eu, seria fácil dizer: “bem, eu não sou casada, então
não preciso me preocupar com essas coisas”. É verdade que não temos nossos lares para
cuidar ainda, mas podemos ficar prontas para eles. A jovem mulher que gosta de sair
agora vai querer sair depois de casada. Uma mulher jovem rebelde será uma esposa
rebelde. Não existe um “big bang” (marcante mudança) durante a solenidade do
casamento, que nos transforma imediatamente naquilo que gostaríamos de ser.
BIBLIOGRAFIA A Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, São Paulo, 1/94. ABBOTT, John S. C. The mother at home. Sterling: Grace Abounding Ministries, 1984. ARNDT, Elise. A mother´s touch. Wheaton: Victor Books, 1989. HUNTER, Brenda. Where have all the mothers gone?. Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1982. MCBRIDE, Terry Lois. By his side – the woman´s place. Fort Worth: Brownlow Publishing Company, 1967. PHILLIPS, Sheree. Mothers at the heart of life. Ann Arbor: Servant Publications, 1985. PRIDE, Mary. The way home-beyond feminism back to reality. Westchester: Crossway Books, 1985. STRONG, James. Strong´s Exhaustive Concordance. Nashville: Crusade Bible Publishing. Tradução: Albano Dalla Pria 2003
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