sábado, 22 de janeiro de 2011

Mãe é aquela que cria e educa!



Este mês de janeiro foi ótimo! Passeamos bastante e ministramos em algumas igrejas por onde passamos, nos divertimos e alegramos, com nossos parentes. Agradeço a Deus por estes dias de refrigério e descanço.

Quero compartilhar com vocês, algo que aconteceu comigo no último final de semana que estávamos de férias.

No dia 16 de janeiro, domingo, depois de uma ministração, na parte da manhã, cheia da presença de Deus, fomos com um casal de amigos, almoçar numa churrascaria. Logo ao chegarmos neste local, minha pressão caiu e comecei a passar mal, meus batimentos cardíacos ficaram arritimados e foi então que meu esposo decidiu me levar para o hospital mais perto.

Ao chegarmos lá, passei por um eletrocardiograma, onde deu um resultado bem alterado e nada normal.
Então por precauções médicas, resolveram reverter a situação com soro, remédio na veia e por fim, internação na UTI para ficar em observação durante no mínimo 24 horas.

Depois da ministração da noite, na mesma congregação que estávamos desde sábado, o Ney voltou com os meninos para Santa Bárbara D' Oeste, até que eu tivesse alta do hospital.

O que desejo compartilhar com vocês não é apenas o momento em que fiquei na UTI, pois, foram momentos ruins e bons ao mesmo tempo, quero enfatizar que Deus sempre está no controle de nossas vidas e eu precisava apenas discernir o propósito D'ele para mim naquele lugar.
Se, eu olhasse com olhos carnais, o motivo de estar ali seria horrível, mas olhando com olhos espirituais, só me restava implantar o Reino de Deus, intercedendo por vidas e fazendo a diferença naquele lugar.

Depois de aproximadamente 3 dias na UTI, senti falta dos meus filhos, é claro, porém, precisei ser forte, para sair o mais rápido possível do hospital.

Quarta-feira, na hora do almoço, tive a notícia que estava de alta e iria para o quarto, lá seria mais tranquilo, pois, poderia conversar com outras pessoas e até andar pelos corredores proclamando o Reino de Deus por toda a parte.

Ao chegar no quarto, conheci uma senhora que estava internada há 8 dias, então, como toda mulher começamos a conversar, conversar e conversar, até que chegamos no assunto sobre filhos e trocamos experiência da maternidade.

Quero contar a linda história desta Senhora, que não vou identificar o nome, para preserva-la, mas vou chama-la de Ana, para melhor identificação ao ler este fato real.

Quando tocamos no assunto de filhos, ela disse que o filho dela era do coração, um presente de Deus e que é a sua alegria até hoje.

Eu muito curiosa, pedi à ela, que me contasse toda a história.

Então começou me dizendo que após ela se casar, o sonho dela era ter um filho, apartir dai então começaram as tentativas de engravidar, passado alguns anos, descobriu que seu útero era infantil e não tinha se desenvolvido, tornando impossível uma gravidez.

Ana trabalhava normalmente e morava porta a porta com sua irmã, que passava o dia em sua casa. Quando Ana chegava do serviço, conversava com sua irmã e ela sempre dizia que passava uma moça na porta de sua casa, pedindo alimento ou roupa para doar. Ana, que na época era jovem, sempre separava alguma coisa para doar.

Com o passar do tempo, Ana começou a ficar muito nervosa e "doida", literalmente, começou a tratar com psicólogos e psiquiatras, pois, não sabia o que tinha.

Um certo dia, morando numa cidade grande, com muitas dificuldades e muito humilde, pegou várias conduções até chegar em seu psiquiatra. Ao chegar, começou a conversar com ele e desabafar sobre sua vida, ficando muito irritada e nervosa. Ele muito calmo disse, Ana, seu problema é a falta de uma criança, porque não vai ao orfanato adotar uma criança ou um bebê?

Ela ficou muito nervosa e quase bateu nele, dizendo que já tinha tentado e não era tão fácil assim como imaginava. Disse mais, perguntou a ele se tinha filhos, ele respondeu que sim e eram três, logo ela respondeu, então, dá um pra mim.

Muito nervoso o médico falou para ela ir embora, deu um atestado de loucura para se internar num hospital psiquiátrico.

Ana, mal sabia que aquela moça que passava quase todo dia na casa dela pedindo comida, havia passado lá no momento que ela estava na consulta. A moça conversou com a irmã de Ana dizendo que ela estava grávida do quinto filho e tentou abortar algumas vezes, mas na última tentativa de aborto, sentiu que o bebê não era dela e sim de Ana, então, resolveu passar lá para deixar num pequeno pedaço de papel seu endereço, e pediu que Ana fosse visitar e conversar com ela pessoalmente sobre o bebê, que viria dar a luz.

A irmã de Ana ficou abismada e muito feliz, pois, não via a hora de sua irmã chegar para contar a novidade.

Ana, muito triste, retornando da consulta, resolveu deixar aberto seu atestado de loucura, para que todos que a vissem chorando (no onibus, metro e trêm) soubessem o motivo de seu desespero, sem ao menos precisar falar.

Quando chegou em casa, sua irmã veio correndo ao seu encontro para contar a novidade, mas, Ana estava tão desacreditada que entrou correndo no seu quarto apenas para chorar.

Passaram algumas horas e com Ana mais calma, veio sua prima falar sobre a moça. Contou toda a história e mostrou aquele pequeno pedaço de papel onde tinha o endereço completo da moça grávida, que estava esperando por uma visita.

Ana, seu marido e sua prima num domingo ensolarado, resolveram procurar aquele endereço, chegando na rua, começaram a procurar o número da casa, acharam e viram que era um lugar muito humilde.

Ao encontrar a moça barriguda, de aproximadamente 6 meses, se apresentaram e a primeira coisa que a moça disse ao ver Ana, foi, esse filho aqui é teu (apontando para sua barriga).
Ana ficou muito feliz e viu que ela era uma excelente mãe, mas, realmente não teria condição nenhuma, para cuidar de seu filho que estava por vir.

Apartir dai, ela começou a acompanhar a gravidez bem de perto, levar ao pré-natal, dar alimento e fazer tudo o que podia para ver o bebê se desenvolver saudável.

No momento do parto, eles levaram a moça para o hospital, ela teve o bebê e o acordo estava feito, Ana saiu do hospital e o bebe registrado com o nome e sobrenome da família. Esta história aconteceu a 33 anos atrás.

A mãe biológica, no momento de aflição e dificuldade entregou seu filho para uma pessoa de confiança, uma mulher que o amava desde o ventre e seria uma excelente mãe, pois, além de tudo estava realizando seu maior sonho.

Assim o bebê foi crescendo saudável e Ana foi curada na dor que tinha na alma, cuidava dele e educava com todo amor e carinho.

A mãe biológica foi visita-lo por mais ou menos três vezes, até se mudar para outro estado com seus quatro filhos e nunca mais voltou.

Hoje o seu filho ja é adulto, Ana me disse que foi um presente especial de Deus, que mudou sua vida.
Pude conhece-lo enquanto estava internada no quarto do hospital e realmente vi a alegria no olhar dela e do filho ao se encontrarem no horário da visita.

Para mim, foi uma linda história, pude aprender muito, pois, a verdadeira mãe é aquela que cria, educa, passa tempo com seus filhos compartilhando momentos de alegrias e tristezas.

Deus nos adotou como filhos, ele nos escolheu primeiro.
Ele é nosso Pai e jamais deixará faltar alguma coisa para nós.
Se o nosso pai terrestre sabe dar boas coisas a seus filhos, imagina Deus, nosso PAI celestial.

Quando adotamos uma criança, estamos fazendo como Deus Pai, fez conosco. Encorajamos você a procurar o conselho tutelar de sua cidade e se cadastrar para a adoção de uma criança.

Precisamos apenas amar incondicionalmente e nos colocar na posição de pais responsáveis, dispostos a mudar a vida de uma criança.
Estes são verdadeiros pais, aquele que ama, zela e educa seus filhos.


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