terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tipos de Parto

Parto Domiciliar-Escolher o local do parto é um direito e uma opção da mulher e responsabilidade da família. Parir dessa forma é seguro e perfeitamente viável, quando a mulher sente em seu coração que este é o melhor caminho para ela e para seu bebê.
A família, reunida em seu próprio meio, vive junto uma experiência maravilhosa, que marca a existência e tece ligações entre seus membros para sempre. O parto em casa preenche de maneira particular as necessidades psicológicas e sociais. Permite a participação e a presença ativa do pai ou companheiro, não como mero espectador, mas como agente construtor do nascimento do seu filho. A liberdade que a casa proporciona ao casal durante o trabalho de parto e parto permite a ele reencontrar o verdadeiro sentido desse acontecimento e realizá-lo da forma que mais lhe convém.
Em casa tudo é planejado com antecedência e nos mínimos detalhes: o ambiente, o material necessário, a preparação conjunta da mulher, do companheiro, do bebê, do atendente e de outras pessoas do círculo de parentesco ou amizade que podem também estar envolvidas nesse processo.
A equipe tem consciência de que hoje em dia, por diversos fatores, nem todo parto é aconselhável acontecer em domicílio. Por isso, incentivamos um parto domiciliar seguro e assistido por profissional responsável que possa identificar situações de verdadeira urgência e que saiba lidar com as mesmas. O parto domiciliar respeita o corpo e os desejos da mulher. Resgatar a atmosfera acolhedora do lar – onde ela se sente confiante e a vontade – como facilitadora de um ótimo progresso do trabalho de parto.  Sabe-se que, quando a mulher se sente segura, desinibida e relaxada, os hormônios envolvidos no parto fluem melhor. Isto se traduz em segurança e saúde para mãe e o bebê.Partos domiciliares são indicados para gestações de baixo risco entre 37 e 42 semanas de gravidez, para os casais que desejam uma vivência plena, em ambiente tranqüilo, no momento do parto. Além disso, a gestante deve ter um acompanhamento pré-natal com profissional médico especializado.No parto domiciliar se tem um parto ativo, consciente, onde a mulher é quem escolhe a posição mais favorável para vivenciar o parto, caminha, fica de pé, se alimenta, descansa - tudo há seu tempo, porém com o acompanhamento de profissionais que garantirão a segurança da mãe e do bebê durante todo o trabalho de parto.

Parto Natural - Desde os anos 80, com a popularização das questões ecológicas, e com os movimentos de resgate de uma vida mais saudável, natural e espiritualizada, muitas mulheres passaram a optar pelo "Parto Natural", sem intervenções, sem anestesia e domiciliar em muitos casos. No entanto o termo "Parto Natural" muitas vezes tem sido utilizado como sinônimo de "Parto Vaginal", o que nem sempre é verdadeiro. Um parto vaginal com episiotomia, rompimento artificial da bolsa d'água, aceleração com soro, anestesia, raspagem dos pêlos, entre outras intervenções, não pode ser classificado com o nome de "Parto Natural".

Parto Normal Humanizado - A humanização do parto  significa o respeito à fisiologia do parto e à mulher.Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades.  O profissional que atende o parto deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível. Nesse tipo de parto a presença do marido/companheiro ou acompanhante se faz garantida. A gestante é estimulada e incentivada a se movimentar mais durante as contrações, podendo mudar de posição, e até escolher a posição mais adequada para dar a luz.  Porém, em ambiente hospitalar o parto humanizado não pode ultrapassar a barreira da rotina da instituição, ou seja, se a mulher pode até querer caminhar no trabalho de parto, mas, se não há espaço no centro obstétrico, dificilmente ela será incentivada a sair do setor para satisfazer sua vontade. O correto significado de parto humanizado deveria ser : "o atendimento centrado na mulher". Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São as decisões informadas e baseadas em evidências científicas.

Parto Vertical – Cócoras, Cócoras sustentada ou Sentada- Muito utilizado por índias e povos nativos de todo o mundo, esse tipo de parto acontece quando a mulher decide usar a força da gravidade a seu favor no momento do parto. A mulher fica na posição vertical, cócoras ou sentada, no momento da saída do bebê. Ela pode ficar de cócoras sozinha, apoiar na cama, numa cadeira, sustentada por uma ou duas pessoas (adotando a posição quase de pé). Também pode ficar sentada num lugar baixo, por exemplo, o banco de cócoras e ser sustentada, por trás, por outra pessoa que pode ser seu companheiro, mãe, amiga, que a segure pelas axilas.A posição de cócoras que permite uma maior abertura dos diâmetros internos da pelve, facilitando assim a descida e rotação da cabeça do bebê. É geralmente um parto mais rápido do que o parto na posição tradicional. A mulher não precisa fazer força para a saída do bebê, a própria força da gravidade favorece a descida do bebê. Onde havia liberdade para movimentação das mulheres, o "Parto de Cócoras" ganhou terreno, por ser mais rápido, mais cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê, pois não se produzia mais a compressão de importantes vasos sanguíneos, o que acontece com a mulher deitada de costas. No Brasil o Dr. Moysés Paciornik estudou comunidades indígenas e resgatou o parto verticalizado. Criou com seu filho Dr. Cláudio Paciornik uma cadeira para ser usada em hospitais, que permitia várias posições para a mãe, sem comprometer o conforto do médico. Embora não haja necessidade de cadeiras especiais para que a mulher assuma essa posição, muitos profissionais afirmam que não fazem partos de cócoras porque no hospital não existe "a cadeira para parto de cócoras" à disposição. 

Posição Ajoelhada ou Genupeitoral- Na posição ajoelhada, basta a mãe ficar de joelhos e deixá-los separados. Nessa posição a mulher pode ver o nascimento de seu filho, além de segura-lo no momento do parto e trazê-lo direto para seu peito. Genupeitoral é a posição em Que a mulher fica em quatro apoios. É  muito indicada para aumentar o fluxo sanguíneo da mãe e do bebê, pois não comprime os grandes vasos que levam e trazem o sangue para a placenta, aumentando a oxigenação o bebê dentro da barriga e promovendo maior conforto para a mãe.

Parto na Água- Na França, na cidade de Pithiviers, Michel Odent, entre várias inovações dignas de mérito, começou a usar banheira com água quente para o conforto das parturientes. De lá para cá, o "Parto na Água" tem sido utilizado no mundo inteiro, em banheiras especiais ou improvisadas. Nas maternidades européias as banheiras são oferecidas às parturientes tanto para o alívio das dores do trabalho de parto, como para o parto em si. Estudos científicos comprovam que o uso da água quente no trabalho de parto é um excelente coadjuvante no combate à tensão e à dor. No Brasil pouquíssimas clínicas e médicos oferecem esse conforto às pacientes, infelizmente. A imersão na água pode acelerar o trabalho de parto, aumentar o controle materno sobre o ambiente do parto, resultar em menor traumatismo do períneo e menor necessidade de intervenções em geral e introduzir o bebê no mundo com suavidade. Para as mulheres que optarem em ter um parto dentro da água, o ideal é que a piscina ou banheira seja grande o bastante para permitir que a gestante adote qualquer posição e que seja funda o bastante para permitir a imersão completa. Não deve ser excessivamente grande, pois exigiria muito tempo para encher. A água deve ser constantemente controlada e conservada à temperatura do corpo. Ao entrar na piscina, muitas vezes a mulher dá um grande suspiro, expressando alívio e bem-estar. A mulher tende a romper contato com o mundo. O bebê nasce dentro d’água e deve ser trazido suavemente para a superfície, sem afobação e logo é colocado no colo da mãe. A saída da placenta deve ocorrer fora d’água, por isso mulher e o recém-nascido devem ser removidos para um local seco minutos após o nascimento.

Parto Sem Dor- O termo "Parto Sem Dor" tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos propunham uma espécie de treinamento às gestantes, baseado em técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outas. A idéia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito menos dor do que uma mulher assustada e tensa. A idéia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora sem o sofrimento causado por medo e tensão. Os métodos mais conhecidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth. No Brasil "Parto Sem Dor" é comumente confundido com parto sob anestesia. Obviamente a anestesia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de "empurrar" o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio a dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. Em muitos serviços médicos a anestesia é aplicada no final do trabalho de parto, já no período expulsivo, de modo que o período de dilatação não se passa sob efeito das drogas anestésicas. De qualquer modo, as formas naturais de se lidar com a dor deveriam ser largamente oferecidos e utilizados antes de serem aplicados os métodos farmacológicos de bloqueio da dor.
A cesariana não foi citada porque Cesárea não é parto, é cirurgia.
                                                                                                 
FONTE: amigas do parto, hanami

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