quarta-feira, 25 de maio de 2016

De menina para menina: Missões de uma jovem solteira.





Olá, falo especialmente à você menina, moça, jovem...O Senhor deseja nos usar de maneiras diferentes ao longo de nossa vida. Quando somos jovens solteiras Deus tem a oportunidade de nos usar de uma forma “explosiva”, pois somos destemidas, sonhadoras, fortes, desbravadoras e nada nos impede de ultrapassarmos barreiras e fronteiras pelo Reino de Deus.

"Jovens, Eu vos escrevi porque sois fortes e guardais a fé.” (I João 2, 14)
Me converti no final da adolescência...Era madrugada véspera de Páscoa e eu estava lendo uma literatura cristã em meu quarto quando tive um encontro real com Cristo que mudou minha vida. 

Então iniciei minha caminhada com Ele e desde o primeiro dia o Espirito Santo me impulsionava a viver em fé e obras. Na juventude Deus nos concede tempo e vigor e espera de nós inteira dedicação à sua obra, assim como diz a Palavra: “a jovem solteira está ansiosa por agradar o Senhor em tudo quanto ela é e faz, tanto no corpo como no espírito, ela CUIDA DAS COISAS DO SENHOR para ser santa”(1Corintios 7.34)... eu louvo ao Senhor por essa fase maravilhosa de minha vida onde aproveitei toda a liberdade e disposição de moça solteira para fluir nas obras de Deus. 
Hoje sou esposa e mamãe, e vivo agora as maravilhosas missões desta fase de minha vida. Mas gostaria de compartilhar um pouco daquilo que vivi em minhas missões cotidianas na fase de solteira. 


Bem, como disse, a missão que vivi era do tipo “cotidiana e local”, coisas do dia-a-dia, nada que me levasse exatamente aos “confins da terra”, mas mesmo assim representavam para mim, grandes e especiais peripécias vividas em nome do amor e de Cristo. 
Isso incluía dias de fazer visita ao presídio da minha cidade junto à outros jovens, para conversar sobre Jesus com os presos. Eram momentos incríveis! Levávamos violão para louvar, conversávamos... Eles eram receptivos à Palavra, e para retribuir a visita recebia deles de presente lindos desenhos bíblicos. Tenho-os guardado até hoje. Lembro com alegria que um dos detentos quando saiu da cadeia, foi participar de um culto antes de voltar para a sua cidade.
Eu também gostava muito de passar o dia distribuindo alimentos e roupas para os meninos de rua e desabrigados da cidade de Curitiba. Saía de madrugada de minha casa carregando as sacolas cheias e fazia várias conexões de ônibus até chegar ao destino. 
Eu era ainda uma menina e as sacolas eram pesadas, chegavam a machucar minhas mãos, mas nada disso passava por meu pensamento quando o desejo de chegar ao destino era muito maior. No centro da cidade de Curitiba, vivem muitos meninos de rua e mendigos, e eu tentava ajudar tantos quanto eu podia. Sentia uma compaixão, um amor enorme por aquelas crianças dormindo em papelões nas calçadas. Aproximava-me e deixava pertinho deles um sanduiche ou marmita para que quando acordassem tivessem algo para se alimentar, também deixava uma peça de roupa para eles. Ficava feliz tentando imaginar a expressão deles ao acordar e ver a surpresa <3. O mesmo eu fazia com os adultos que geralmente já estavam acordados, aqueles velhinhos moradores de rua com barba longa e roupas gastas tinham sempre um sorriso tão lindo ao falar: “Obrigado minha filha, Deus te abençoe”. E para mim esses eram dias tão cheios da presença de Deus, sentia Ele em cada olhar, em cada sorriso em cada palavra, em cada um daqueles “pequenos”. 


Depois disso eu tomava meu caminho de volta para casa, em silêncio e com um sorriso no coração. É engraçado, mas Mateus 6 .3 havia cravado em meu coração desde a primeira vez que lí essa passagem “ Não conte à sua mão esquerda aquilo que a sua mão direita está fazendo. E o seu Pai, que conhece todos os segredos, recompensará você.” então eu descia do ônibus em frente à minha casa e tudo sobre aquele dia ficava entre eu e Deus. Eu sabia que Ele havia estado comigo e em cada um daqueles meus semelhantes moradores de rua, então, nada que eu tenha feito por amor a Ele e ao próximo precisava ser revelado. Eram apenas tarefas tão simples, tão normais, nada mais que minha obrigação como jovem cristã, e eu as fazia de todo o coração. 


Sim, foi uma caminhada maravilhosa desde a conversão tendo como companheiro de viajem meu querido Senhor, até que finalmente o Espírito Santo determinou que fosse o tempo de conhecer uma nova família, a família na fé. E foi na igreja que descobri todo um universo de novidades. Descobri que não estava sozinha naquela jornada, mas que como filha de Deus eu fazia parte de um grande exército chamado Corpo de Cristo, e como exército poderíamos fazer muito mais pela implantação do Reino de Deus. 


Imediatamente me coloquei a disposição daquela nova família, para ajudar naquilo que fosse necessário, não importava muito onde fosse ou como, o importante era servir. 


E quem disse que ajudar no corpo de Cristo, auxiliar nas atividades da igreja não é missão? Passei a me dedicar ao voluntariado na igreja, colaborando com os ministérios. Creio ter ajudado um pouquinho em cada um dos ministérios (rsrs), nem sempre eram trabalhos ou funções que tinham haver com meus dons e talentos, mas sendo eu uma jovem cheia de ânimo e disposição porque não ajudaria onde fosse preciso? "Viu a necessidade, atenda!" 


E foi assim dentro da igreja, entretida em meio à obra, que o Senhor me fez uma surpresa, me apresentou o homem escolhido por Ele para a minha vida. Casei! E logo percebi que junto ao casamento uma nova fase linda e muito diferente estava começando em minha vida. Uma transição daquela jovem solteira e suas peripécias para a mulher casada e auxiliadora. 

Bem, jovens meninas este relato não é sobre mim, ou sobre meu mundo, é uma declaração sobre a glória que Deus pode receber através da vida de cada uma de vocês. Quero encorajá-las, na sua caminhada com Deus, a direcionar o olhar mais para Cristo e somente à Ele. Seja cheia do Espirito Santo para viver dia após dia a sua missão como filha amada dEle. 

Meu conselho a vocês: Use essa fase de sua vida para crescer e amadurecer em Deus, desenvolva uma historia com Ele, busque conhece-lo! Direcione toda a sua vontade de viver, toda força e vigor para ser uma arma poderosa nas mãos de Deus. Viva o “Ide” onde o Senhor te conduzir, nos confins da terra ou mesmo que Ele te leve somente até aquela família carente da sua rua ou até o orfanato da sua cidade. Talvez seu “ide” seja apresentar Jesus a uma colega da escola... Acredite, levar Jesus até o próximo, é uma experiência para guardar no coração por toda a vida! 


Seja obediente, honre seus pais, seus líderes, professores. A submissão que é aprendida desde cedo na casa dos pais transforma-se em benção futuramente no casamento. Enfim, estes são alguns bons conselhos de coisas que deram certo em minha vida, mas a acima de tudo desejo que o conselho de Deus para este tempo de sua vida fique cravado em seu coração: “ jovem solteira permaneça ansiosa por agradar o Senhor em tudo quanto é e faz, tanto no corpo como no espírito, CUIDE DAS COISAS DO SENHOR para ser santa”(1Corintios 7.34) 


Um grande beijo e que o Senhor seja contigo!

Um comentário:

  1. Um dia, uma senhora me fez uma observação muito forte dos tempos atuais e que anda pegando muita gente de surpresa principalmente homens, a questão da alimentação doméstica. "Não tem mais gente para fazer comida." Ela estava se referindo ao fim da empregada doméstica ou aquela estrutura familiar onde, se não tinha a empregada, a esposa fazia a comida. Os jovens estão adaptando ao novo tempo, porém muitos homens principalmente em meia idade se acomodaram porque sempre teve alguém para lhes fazer a gostosa comidinha caseira. Vieram as mudanças e circunstâncias de vida e de repente eles se viram obrigados a fazer suas comidinhas caseiras, coisa muito difícil para muitos porquanto ou dormiram ao longo de suas vidas ou não se ativeram a esta possibilidade. Foram como que atropelados pelo trem da história. Muitos para pior cantavam de galo ironizando as "motoristas de fogão". Deu no que deu. O salário do pecado é a morte...:)

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